quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

ACRÍLICO USADO COMO ARTE


    No Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (Malba), na Argentina, o acrílico está mudando a forma de ver o mundo, como destaca a curadora da exposição Mercedes Casanegra. “A exposição Polesello Joven se insere dentro do desenvolvimento da abstração geométrica e óptica, de forma bastante original”, comenta. Segundo a curadora, os trabalhos de Rogelio Polesello se destacam pela busca do movimento a partir do estático e pelos desafios da percepção através das oscilações entre figura e fundo. “Para se chegar a esse objetivo, o uso do acrílico foi fundamental para a concretização dessas obras.”
Os trabalhos mais incríveis da mostra, conhecidas como “lupas” de acrílico, são famosas por deformarem as obras e o ambiente que as rodeiam projetando novas formas. O resultado é a criação de obras infinitas e em constante mudança que interagem com outras peças do museu. Mercedes observa que nesse ponto, os artistas argentinos buscam uma ligação entre a arte e a indústria. “O acrílico é um material que a indústria ofereceu para que Rogelio Polesello possa talhar ‘lupas’ – um elemento perfeito para a distorção e a transformação das imagens”.
Outro ponto interessante é que essas “lupas” são criadas a partir de painéis de chapas acrílicas de 30 mm a 50 mm de espessura, com entalhes em formas de círculos côncavos e convexos.
Nesse aspecto, o próprio Rogelio Polesello comenta que uma das coisas que ele sempre fez foi brincar com a distorção e transformação da imagem. “E na grande maioria dessas experiências, conseguir obter resultados ópticos incríveis quando utilizei chapas grossas ou blocos de acrílico”, conclui o artista.
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